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Como voltar a andar após fratura de tíbia e fíbula: Um guia prático e baseado em evidência

Fisioterapia ortopédica em Natal / RN - Fisio Runner Brasil
Fisioterapia ortopédica em Natal / RN - Fisio Runner Brasil

Voltar a andar após fratura da tíbia e fíbula depende do tipo de fratura, do tratamento (conservador ou cirúrgico), da estabilidade da fixação e do plano de reabilitação. Protocolos modernos tendem a iniciar carga progressiva mais cedo quando a fixação ou a consolidação permitem, combinando controle da dor, fisioterapia dirigida e monitorização por imagens.


Voltar a andar após fratura da tíbia e fíbula: Entenda seu caso antes de tudo

  • Tipo de fratura (diáfise, proximais, ínsulas articulares) e estabilidade definem o ritmo de recuperação. Fraturas estáveis ou bem fixadas permitem progressão mais rápida da carga; fraturas instáveis exigem proteção prolongada. Musculoskeletal Key

  • Tratamento ortopédico (gesso, tala, haste intramedular, placa ou fixador externo) influencia diretamente quando e quanto peso você poderá colocar sobre a perna. Pergunte ao seu cirurgião qual o plano de carga prescrito. Online.ao-alliance.org


Fases gerais da reabilitação (visão clínica prática)

Observação: os prazos abaixo são aproximados; seu caso pode exigir adaptação.
  1. Imediato / pós-operatório (0–2 semanas)

    • Controle da dor e edema; mobilização precoce de quadril e joelho conforme tolerância; exercícios respiratórios e mobilidade de membros não afetados.

    • Início de mobilização de tornozelo/joelho quando liberado pelo cirurgião.

  2. Início de carga progressiva (2–6 semanas, se permitido)

    • Muitos protocolos atuais favorecem carga parcial progressiva tão logo a fixação/estabilidade permitam, porque isso melhora força e função sem aumentar complicações quando a fixação é adequada. A progressão é feita em conjunto com avaliação clínica e radiográfica.

  3. Progresso para carga total e treino de marcha (6–12 semanas)

    • Conforme sinais de consolidação óssea e conforto, evolui-se para carga completa, treino de passo, equilíbrio e marcha com auxílio (bengala/andador) até independência. A consolidação radiográfica costuma ser monitorada.

  4. Recondicionamento e retorno às atividades (3–6 meses e além)

    • Fortalecimento específico, propriocepção, treino de marcha em variedade de superfícies, reintrodução progressiva de trabalho e esporte conforme critérios funcionais. Muitas fraturas da tíbia levam meses para consolidação completa; a recuperação funcional continua por vários meses.


O papel da fisioterapia — o que realmente funciona

A literatura destaca que fisioterapia estruturada acelera a recuperação funcional e reduz complicações funcionais. Intervenções-chave:

  • Controle de dor e edema (crioterapia, elevação, compressão)

  • Exercícios de mobilidade para tornozelo, joelho e quadril (prevenir rigidez)

  • Treino de força progressiva (isométricos iniciais → resistência conforme consolida)

  • Treino de marcha com feedback e treino funcional (step-ups, subida de escada, marcha em diferentes terrenos)

  • Treino de equilíbrio/propriocepção para reduzir risco de quedas

  • Estimulação neuromuscular e reeducação em casos com déficit motor significativo Sage Journals+1

Essas estratégias são adaptadas à fase de cura e à estabilidade do osso/fixação.


Carga: “Quando posso pisar?” princípios atuais

  • Não há uma regra universal. A decisão se baseia em estabilidade da fratura, tipo de osteossíntese e avaliação clínica/ radiográfica. Muitos centros favorecem carga parcial precoce e progressiva em fraturas estáveis/ bem fixadas, e restrição de carga em fraturas instáveis ou com fixação frágil.

  • Em linhas gerais: se o cirurgião liberar e a fixação for considerada segura, progride-se de carga assistida → parcial → total conforme tolerância e imagens de consolidação. Medir progressão com critérios (ausência de dor intensa, radiografia satisfatória, aumento de força) é prática recomendada.


Exemplos práticos de exercícios por fase (orientação clínica)

Fase inicial (sem/baixa carga): contrações isométricas do quadríceps, dorsiflexão/plantiflexão do tornozelo em amplitude tolerada, mobilização passive/assistida do joelho.Fase intermediária (parcial → progressiva): fortalecimento concêntrico/resistido com faixa elástica, step rendah, marcha assistida, treino proprioceptivo sentado/ em apoio parcial.Fase avançada (carga total/retorno): treino de subida/descida de escada, treino de marcha em diferentes superfícies, exercícios pliométricos leves e treino funcional específico para atividade profissional/esportiva. Sage Journals


Complicações que mudam o plano (sinal de alerta)

Procure seu médico/fisioterapeuta se aparecerem:

  • Dor intensa nova ou progressiva ao apoiar;

  • Deformidade visível;

  • Febre, vermelhidão significativa ou drenagem (sinal de infecção);

  • Perda súbita de sensibilidade ou função motora.Esses sinais exigem reavaliação imediata e ajustes no tratamento. Online.ao-alliance.org


Evidência científica em poucas linhas

  • Revisões e estudos recentes mostram que protocolos com carga progressiva precoce, quando a fixação é estável, podem acelerar recuperação funcional sem aumentar complicações em muitos tipos de fraturas do membro inferior. Contudo, recomendações variam entre fratura e técnica cirúrgica; por isso a individualização é essencial.

  • Diretrizes e manuais clássicos (AO) ainda são referência, mas na prática muitos centros adaptam restrições tradicionais para protocolos mais precoces com monitorização.


Plano de ação prático para o paciente

  1. Siga a orientação do cirurgião sobre carga inicial e exames de controle.

  2. Inicie fisioterapia o quanto antes quando liberado — quanto antes começar o treino funcional adequado, melhor o condicionamento e menor o risco de rigidez e atrofia.

  3. Progrida carga gradualmente com medição de dor e acompanhamento de imagens (radiografias).

  4. Mantenha atividades do membro não afetado e condicionamento geral (ex.: fortalecimento de core e membros superiores) para facilitar retorno às atividades.

  5. Controle de expectativas: consolidação óssea e recuperação completa da força podem levar meses; retorno ao esporte de alta demanda costuma ser mais tardio e dependerá de critérios funcionais.

Conclusão e chamada para ação

Se você está na fase de recuperação de uma fratura de tíbia/fíbula, o caminho para “voltar a andar” é individualizado, guiado pelo tipo de fratura, pela estabilidade da fixação e por um plano de reabilitação bem conduzido. A fisioterapia precoce e orientada, associada à progressão controlada da carga, é a estratégia com melhores resultados funcionais quando aplicada corretamente.


Quer um plano de reabilitação individualizado e respaldado por evidências para voltar a andar com segurança?A equipe da Fisio Runner Brasil é referência em reabilitação traumato-ortopédica em Natal/RN 

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